"O grilo feliz e os insetos gigantes", de Walbercy Ribas
A animação traz de volta o protagonista do primeiro filme, que teve uma recepção positiva junto ao público infantil e já foi lançado em mais de dez países.
Estreiou em Janeiro nos Cinemas de todo o país

CINEMA BRASILEIRO - Um panorama geral

"Não somos europeus nem americanos do norte, mas destituídos de cultura original, nada nos é estrangeiro, pois tudo o é. A penosa construção de nós mesmos se desenvolve na dialética rarefeita entre o não ser e o ser outro. O filme brasileiro participa do mecanismo e o altera através de nossa incompetência criativa em copiar" (Paulo Emílio Sales Gomes in Cinema: Trajetória no subdesenvolvimento. SP: Paz e Terra, 1996)
A novidade cinematográfica chegou cedo ao Brasil. Os aparelhos de projeção exibidos ao público europeu e americano no inverno de 1895-1896 começaram a chegar ao Rio de Janeiro em meio deste último ano. No ano seguinte, a novidade foi apresentada inúmeras vezes nos centros de diversão da capital. Em 1898, foram realizadas as primeiras filmagens no Brasil.Durante os dez primeiros anos, porém, o cinema teve pouca expressão , tanto como atividade comercial de exibição de fitas importadas quanto como fabricação artesanal local. Só em 1907 houve no Rio energia elétrica produzida industrialmente, e então o comércio cinematográfico floresceu, com um quadro técnico, artístico e comercial do nascente cinema, formado quase que exclusivamente por estrangeiros que já tinham alguma experiência na área cinematográfica em seus países de origem. Quanto aos homens que abordaram o cinema como negócio, eles não pertenciam ao mundo comercial estabilizado e rotineiro dominado por portugueses. Eram quase sempre italianos, aventureiros. Esses empresários atuavam, concomitantemente como produtores, importadores e proprietários de salas, situação que condicionou ao cinema brasileiro um harmonioso desenvolvimento, pelo menos durante poucos anos.
1ª fase – 1896-1912 Entre 1908 e 1911, o Rio conheceu a idade do ouro do cinema brasileiro, predominando uma produção em que os filmes reconstituíam os crimes, crapulosos ou passionais, que impressionavam a imaginação popular. Essa idade do ouro não poderia durar, pois sua eclosão coincide com a transformação do cinema artesanal em importante indústria nos países mais adiantados.. Subsistiu, contudo, um debilíssimo cinema brasileiro. De 1912 em diante, durante dez anos, foram produzidos anualmente apenas cerca de seis filmes de enredo, nem todos com tempo de projeção superior a uma hora. Os principais realizadores do período foram Francisco Serrador, Antônio Leal e os irmãos Botelho. Todas as filmagens brasileiras realizadas até 1907 limitavam-se a assuntos naturais. A ficção cinematográfica, o "filme posado" só apareceu com o surto de 1908 e a primeira fita de ficção realizada no Brasil foi Os estranguladores de Antônio Leal.
2ª fase – 1912 - 1922 Este período é marcado pela primeira grande crise do nosso cinema, com problemas de produção e dificuldades de exibição nas salas de cinema, ocupadas pelos filmes norte-americanos, que vinha predominando no mercado mundial. Nestes anos, o cinema brasileiro foi amparado pela produção de documentários e cine-jornais, que levantavam recursos para a produção de filmes de ficção. São dessa época as chamadas "cavações", onde por exemplo uma grande indústria contrata um cinegrafista e sua equipe para fazer um documentário institucional sobre a empresa, ou ainda importantes famílias encomendavam o registro de casamentos ou batizados. Entre os filmes desse tempo, destacam-se os calcados em obras célebres da literatura brasileira, principalmente as do período romântico.
3ª fase – 1923-1933 Aproximadamente em 1925, dobra a média de produção anual, e há progresso na qualidade. Além do Rio de Janeiro e de São Paulo, produzem também as capitais de Pernambuco, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais (com o famoso ciclo de Cataguases, de Humberto Mauro e a Phebo Films) . Em torno de 1930, nasceram os clássicos do cinema mudo brasileiro e houve uma incursão válida na vanguarda ou ou menos hermética. Porém, quando o nosso cinema mudo alcança essa relativa plenitude, o filme falado já está vitorioso em toda parte.Datam destes anos também os primeiros sinais da tomada de consciência cinematográfica nacional, com as revistas e jornais dedicando colunas e matérias ao filme brasileiro, como por exemplo a Cinédia.. Consagram-se nessa época alguns nomes do cinema brasileiro, entre eles Mário Peixoto (O limite), Gilberto Rossi, Edgar Brasil, Humberto Mauro. É nessa época, com os filmes Barro Humano e Brasa Dormida realizados por Humberto Mauro que se demonstrou que o cinema nacional começava a dominar os recursos do cinema narrativo. Os dois expoentes dessa época, realizados pela Cinédia, produtora de Ademar Gonzaga, foram Ganga Bruta de Humberto Mauro e Limite de Mário Peixoto.
4ª fase – 1934 -1949 A história do cinema falado brasileiro abre-se com um longo e penoso reinício. Durante as décadas de 1930 e 1940, a produção se limita praticamente ao Rio de Janeiro, onde se criam estúdios mais ou menos aparelhados. O resultado mais evidente foi a proliferação do gênero da comédia popularesca, vulgar e freqüentemente musical, registrou e exprimiu alguns aspectos e aspirações do panorama humano do Rio de Janeiro através das chanchadas. Os principais estúdios que se mantiveram ativos foram Brasil Vita Filmes ,de Carmem Santos e Cinédia de Ademar Gonzaga.Essa produção de chanchadas carioca lançou um conjunto de atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo, que foram os principais responsáveis pela aproximação do filme brasileiro com o público. Enquanto a década de 30 foi marcada por uma produção sob a égide da produtora Cinédia, os anos 40 já conta com a hegemonia da Atlântida, buscando desenvolver temas brasileiros
5ª fase – 1950-1966 A década de 1950 marca,em São Paulo, a tentativa de se implantar a indústria cinematográfica, juntamente com a inauguração de um importante movimento teatral, marcado pela fundanção do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) e a implementação das artes plásticas, abrindo as portas do MAM (Museu de Arte Moderna). A fundação da Vera Cruz fez parte de um projeto estético-cultural mais amplo, que previa para São Paulo a vitalização da vida cultural, conduzida pela burguesia industrial, buscando uma hegemonia na vida política e cultural do país. A produção da Vera Cruz era caracterizada por um sistema de estúdios, com a preocupação de produzir industrialmente seus filmes, que constituíam dramas universais, no melhor estilo hollywoodiano, lançando no mercado um verdadeiro star-system composto por nomes como os de Tônia Carrero, Anselmo Duarte, Jardel Filho, Marisa Prado, Eliana Lage entre outros. O grande salto dado pela Vera Cruz foi sem dúvida o qualitativo técnico, pois era bem equipada, contava com uma equipe técnica – maior parte estrangeira – que trazia consigo a experiência de fora, suas produções traduziam a preocupação de ser um cinema sério, bem diferente das chanchadas cariocas produzidas pela Atlântida. No entanto os motivos do fracasso do estúdio são, entre outros, alto custo dos seus filmes, a ausência de uma distribuidora própria – sofrendo dificuldades de escoar seus produtos ao mercado e salas de cinema brasileiras. A sua principal obra comercial, que ganhou Cannes, foi o Cangaceiro, de Lima Barreto, que inaugura o gênero de cangaço. Paralelamente aos estúdios e em oposição a eles, tanto na sua vertente paulista quanto carioca, surgiu uma geração de realizadores independentes, que asseguraria a continuidade dos filmes de pretensões artísticas. Entre estes, destaca-se a produção de cineastas como Walter Hugo Khouri, que deu seguimento ao cinema de pretensões universalistas da Vera Cruz, realizando dramas psicológicos nos moldes do cinema clássico, e Nelson Pereira dos Santos, que enveredou por um cinema de tom neo-realista, fugindo aos padrões dos estúdios ao filmar Rio 40º e Rio, Zona Norte. Nelson assume papel de destaque no cinema brasileiro, fundando aqui o cinema moderno, aproximando-se da geração de jovens críticos e realizadores, e compondo com eles o Cinema Novo, o mais importante movimento do cinema brasileiro e momento de plena maturidade artística e cultural do nosso cinema.Os cinco primeiros anos da década de 1960 são dominados, entretanto, pelo fenômeno baiano, que se constitui de um conjunto de filmes realizados na Bahia, produzidos alguns por baianos e outros por sulistas: Bahia de todos os santos e o Pagador de Promessas, destacam-se , o primeiro pelo pioneirismo de sua função, e o segundo pelo equilíbrio de sua fatura. Projeta-se, então, no cinema propriamente baiano, a figura de Glauber Rocha, que em 1961 estreou com Barravento e a seguir realizou esse poderoso Deus e o Diabo na terra do Sol.É a erupção do chamado Cinema Novo, movimento notadamente carioca que engloba de forma pouco discriminada tudo o que se fez de melhor no moderno cinema brasileiro. Com diretores premiados como Glauber Robcha, Paulo César Sarraceni, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra, Carlos Diegues, Sérgio Ricardo Walter Lima Jr... Se durante aproximadamente uma década o cinema tardou em entrar para o hábito brasileiro, isso foi devido ao nosso subdesenvolvimento em eletricidade, inclusive na capital federal. Quando a energia foi industrializada no Rio, as salas de exibição proliferaram. Os donos dessas salas comerciavam com o filme estrangeiro, mas logo tiveram a idéia de produzir e assim, durante três ou quatro anos, a partir de 1908, o Rio conheceu um período que se pode considerar a Bela Época do Cinema Brasileiro.Assim, depois da Bela Época, um outro marco importante no cinema brasileiro são as chanchadas da Atlântida. Com ela, a produção foi ininterrupta durante cerca de vinte anos de filmes musicais e de chanchada, ou a combinação de ambos, se processou desvinculada do gosto do ocupante e contrária ao interesse estrangeiro. O público que garantiu o sucesso dessas fitas encontrava nelas, de forma reinventada e reinterpretada, modelos de espetáculos que possuem parentesco em todo o Ocidente mas que emanam diretamente de um fundo brasileiro constituído e tenaz em sua permanência. A esses valores relativamente estáveis os filmes acrescentavam a contribuição das invenções cariocas efêmeras em matéria de anedota, maneira de dizer, julgar e de se comportar, fluxo contínuo que encontrou na chanchada uma possibilidade de cristalização mais completa do que anteriormente na caricatura ou no teatro de variedades. É bom lembrar que essas obras, com passagens rigorosamente antológicas, traziam, assim como o seu público, a marca do subdesenvolvimento; contudo o acordo que se estabelecia entre elas e o espectador era um fato cultural mais vivo do que o produzido até então pelo contato entre o brasileiro e o produto cultural norte-americano.
* Carla Miucci Ferraresi é produtora e pesquisadora de documentários; é bacharel em História e Ciências Sociais, e doutoranda em História Social (FFLCH/USP).

A Cartomante

Sinopse
O jovem Camilo conhece a misteriosa Karen numa boate. Ela o convida para sua casa para terem uma noite inusitada. Camilo acaba sendo ferido e vai para no hospital onde seu amigo de infância, Vilela, é médico.Vilela cuida de Camilo e indica a psicóloga do hospital, a competente Dra. Antônia. Camilo se apaixona por Rita, noiva de Vilela. Tomado de paixão, Camilo articula uma série de acasos para encontrar-se com ela. Rita vai numa cartomante que prevê que eles serão amantes e se deixe cair na armadilha do destino.

Gênero: Cinema Nacional
Atores: Giovanna Antonelli, Luigi Baricelli, Deborah Secco, Silvia Pfeifer, Ilya São Paulo, Mel Lisboa
Direção: Wagner de Assis, Pablo Uranga,
Ano de produção: 2003
País de produção: Brasil
Duração: 95 min.

Mais uma dica!

Lavoura Arcaica:

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 163 minutos

Ano de Lançamento (Brasil): 2001

Elenco. Selton Mello, Caio Blatt, Raul Cortez.

Sinopse:


André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro, seu irmão mais velho, recebe de sua mãe a missão de trazê-lo de volta ao lar. Cedendo aos apelos da mãe e de Pedro, André resolve voltar para a casa dos seus pais, mas irá quebrar definitivamente os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana.




grande adaptaçao de um classico da literatura nacional!

emocionante!

Dica

Ai pessoal que curte Cinema Nacional deixamos várias dicas de filmes Brasileiros.

Reservem um tempinho para esses filmes, realmente são bons!

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ONDE ANDARÁ DULCE VEIGA?


Titulo original: Onde Andará Dulce Veiga?
Duração: 105 minutos (1 hora e 45 minutos)
Gênero: Drama
Direção: Guilherme De Almeida Prado
Ano: 2007
País de origem: BRASIL


SINOPSE (resumo do filme)
Dulce Veiga (Maitê Proença) é uma atriz e cantora que fez sucesso durante um curto período de tempo e que desapareceu misteriosamente. Caio (Eriberto Leão), um escritor que trabalha como jornalista de variedades, ao entrevistar a jovem cantora Márcia (Carolina Dickman) descobre que ela é filha de Dulce Veiga, de quem era fã. Caio publica uma crônica no jornal em que trabalha contando suas lembranças de Dulce Veiga, o que gera uma enorme repercussão. A esquecida cantora é relembrada e todos querem saber seu destino. Paralelamente o jornalista fica cada vez mais obcecado pela personalidade da filha de Dulce, que é uma bela garota com trejeitos de homem.
Fonte: Adoro Cinema

SANEAMENTO BáSICO, O FILME


Titulo original: Saneamento Básico
Duração: 112 minutos (1 hora e 52 minutos)
Gênero: Comédia
Direção: Jorge Furtado
Ano: 2007
País de origem: BRASIL

SINOPSE (resumo do filme)
Os moradores de Linha Cristal, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos localizada na serra gaúcha, reúnem-se para tomar providências a respeito da construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Eles elegem uma comissão, que é responsável por fazer o pedido junto à sub-prefeitura. A secretária da prefeitura reconhece a necessidade da obra, mas informa que não terá verba para realizá-la até o final do ano. Entretanto, a prefeitura dispõe de quase R$ 10 mil para a produção de um vídeo. Este dinheiro foi dado pelo governo federal e, se não for usado, será devolvido em breve. Surge então a idéia de usar a quantia para realizar a obra e rodar um vídeo sobre a própria obra, que teria o apoio da prefeitura. Porém a retirada da quantia depende da apresentação de um roteiro e de um projeto do vídeo, além de haver a exigência que ele seja de ficção. Desta forma os moradores se reúnem para elaborar um filme, que seria estrelado por um mostro que vive nas obras de construção de uma fossa.
Fonte: Adoro Cinema

OS DESAFINADOS


Titulo original: Os Desafinados
Duração: 131 minutos (2 horas e 11 minutos)
Gênero: Comédia romântica
Direção: Walter Lima Jr.
Ano: 2008
País de origem: BRASIL

SINOPSE (resumo do filme)
Década de 60. Joaquim (Rodrigo Santoro), Dico (Selton Mello), Davi (Ângelo Paes Leme) e PC (André Moraes) são jovens músicos e compositores, que partiram para Nova York em busca de sucesso. Lá eles formam um grupo, chamado Os Desafinados, e integram o movimento que lançou a bossa nova. Ao longo dos anos eles acompanham o cenário político e musical do Brasil.
Fonte: Adoro Cinema

LINHA DE PASSE


Titulo original: Linha De Passe
Duração: 108 minutos (1 hora e 48 minutos)
Gênero: Drama
Direção: Walter Salles E Daniela Thomas
Ano: 2008
País de origem: BRASIL

SINOPSE (resumo do filme)
São Paulo. Reginaldo (Kaique de Jesus Santos) é um jovem que procura seu pai obsessivamente. Dario (Vinícius de Oliveira) sonha em se tornar jogador de futebol mas, aos 18 anos, vê a idéia cada vez mais distante. Dinho (José Geraldo Rodrigues) dedica-se à religião. Dênis (João Baldasserini) enfrenta dificuldades em se manter, sendo também pai involuntário de um menino. Os quatro são irmãos, tendo sido criados por Cleuza (Sandra Corveloni), sua mãe, que trabalha como empregada doméstica e está mais uma vez grávida, de pai desconhecido. Eles precisam lidar com as transformações religiosas pelas quais o Brasil passa, assim como a inserção no meio do futebol e a ausência de uma figura paterna.

FRONTEIRA


Titulo original: Fronteira
Duração: 85 minutos (1 hora e 25 minutos)
Gênero: Drama
Direção: Rafael Conde
Ano: 2008
País de origem: BRASIL

SINOPSE (resumo do filme)
O filme conta a história de Maria (Débora Goméz, que mora em um velho sobrado no interior de Minas Gerais e possui a fama de ser santa. Mas, a chegada de sua tia Emiliana (Berta Zemel), que veio empenhada em preparar o grande milagre dela, e um viajante (Alexandre Cioletti), por quem se apaixona, muda sua vida.

JUVENTUDE



Titulo original: Juventude
Duração:72 minutos (1 hora e 12 minutos)
Gênero: Drama
Direção: Domingos De Oliveira
Ano: 2008
País de origem: BRASIL


David mora sozinho e decidi convidar os amigos de infância para passar um dia em sua casa, em Petrópolis. Ele planeja uma série de atividades, juntamente com conversas sobre o passado de cada um. Mas um problema pessoal de um de seus amigos (Ulisses) pode acabar com sua amizade com David.

No Meu Lugar


SINOPSE

Um policial precisa tomar uma decisão difícil ao se ver em uma situação envolvendo um assaltante e um refém. Suas ações afetarão profundamente a vida das três famílias envolvidas no evento – inclusive a sua própria. Passado, presente e futuro se tornam uma só história da vida no Rio de Janeiro de hoje.

Diretor(es): Eduardo Valente

Filme do brasileiro Eduardo Valente é selecionado para Cannes

'No meu lugar' tem produção executiva de Walter Salles.Festival de cinema acontece de 13 a 24 de maio.
O filme “No meu lugar”, dirigido pelo brasileiro Eduardo Valente, foi incluído na seleção oficial do Festival de Cannes, que acontece de 13 a 24 de maio. O longa-metragem, o primeiro do cineasta, será exibido em uma sessão especial da mostra, ainda sem data confirmada.
Eduardo Valente já participou do Festival de Cannes no passado, com seus curtas "Monstro" (2005), "Castanho" (2003) e "O sol alaranjado" (2002), que foi premiado pela Cinéfondation.

O roteiro de "No meu lugar", que tem produção executiva do cineasta Walter Salles, foi desenvolvido por meio de um programa do festival.
A trama do longa acompanha três histórias passadas em tempos diferentes, após um assalto a uma casa de classe média no Rio de Janeiro. O elenco é formado por Dedina Bernardelli, Márcio Vito, Raphael Sil e outros.

A 62ª edição do festival também terá o filme "À deriva", novo longa do brasileiro Heitor Dhalia (de "Nina" e "O cheiro do ralo"), foi selecionado na sessão "Un certain regard" (Um certo olhar, na tradução livre). "À deriva" é protagonizado pelo ator francês Vincent Cassel e conta ainda com Deborah Bloch e a atriz Camille Belle no elenco.

Diretora de 'Cazuza' prepara filme sobre meninas da favela

Em entrevista ao G1, Sandra Werneck fala sobre 'Sonhos roubados'.Longa-metragem deve chegar aos cinemas no segundo semestre.
"Depois de 'Cidade de Deus', 'Tropa de elite' e 'Cidade dos homens', faltava um filme que mostrasse a cidade das mulheres, o ponto de vista feminino da vida na favela", diz a diretora Sandra Werneck, que levou mais de 3 milhões de pessoas aos cinemas com "Cazuza - O tempo não para". Agora, a cineasta prepara "Sonhos roubados" (assista a trecho inédito abaixo), que deve chegar aos cinemas no segundo semestre.

No longa-metragem, ela retrata três adolescentes e seu dia-a-dia na favela, que envolve gravidez precoce, violência doméstica, prostituição, pedofilia e convívio com traficantes. "É um filme violento sem mostrar violência; não tem tiro nem perseguições. É uma coisa mais para dentro, implícita", conta a cineasta, em entrevista ao G1. "É importante mostrar essa visão feminina, porque essas meninas são as mães da próxima geração, elas têm um poder enorme nas mãos", afirma.

Prostitutas adolescentes
Filmado em comunidades de Curicica e Ramos, no subúrbio do Rio, o longa-metragem é baseado no livro "As meninas da esquina", de Eliane Trindade, que reúne diários de adolescentes que ganham a vida como garotas de programa. Na adaptação, Sandra Werneck decidiu focar em três personagens: Jéssica (Nanda Costa), Sabrina (Kika Farias), ambas de 16 anos, e Daiane (Amanda Diniz), de 14. "Desde cedo, elas são a estrutura da família e acabam fazendo programas para sobreviver", diz a diretora.

O elenco principal foi escolhido por meio de testes com cerca de 60 garotas. "Fiquei muito impressionada com o trabalho delas três, é difícil ver atrizes tão novas e tão preparadas", conta Sandra Werneck, que aproveitou moradores das favelas onde ocorreram as filmagens como figurantes. "Fomos muito bem recebidos pelas comunidades, não tenho do que reclamar", diz.

O elenco também conta com os veteranos Marieta Severo, Nelson Xavier e Daniel Dantas, além do rapper MVBill, que estreia como ator. "Foi bom, porque esses atores deram suporte às meninas, que não tinham experiência", conta a diretora, que rodou o longa em cinco semanas.

Para Sandra Werneck, o olhar feminino na direção foi fundamental para conseguir os direitos de adaptação do livro, que foram disputados por nomes de peso como o diretor Moacyr Góes e a produtora Conspiração (de "2 filhos de Francisco"). "Certos temas são tratados com mais delicadeza pelo olhar feminino, acho que isso pesou na decisão da autora", diz a cineasta, que já tinha se debruçado sobre a adolescência nas favelas no documentário "Meninas", de 2005.
Carla Meneghini Do G1, no Rio

Documentários inspiram filmes brasileiros


Cada vez mais os filmes nacionais se inspiram nos temas e na linguagem dos documentários. Três estréias deste meio de ano - ''Linha de Passe'', ''Era uma Vez...'' e ''Última Parada, 174''- reafirmam essa tendência

Qual será o Tropa de Elite de 2008 o filme capaz de arrebatar o público, pautar as discussões do país, provocar (e eventualmente dividir) críticos e cronistas? Existe uma grande possibilidade de que seja um dos três grandes lançamentos programados para este meio de ano. Era uma Vez..., que acaba de entrar em cartaz, tem a credencial de ser de Breno Silveira, o cineasta responsável pelo maior sucesso de público do ano passado, 2 Filhos de Francisco. O novo filme de Breno é mais ambicioso do que o anterior em termos artísticos, e o diretor disse em entrevistas que pretendia fazer uma espécie de Cidade de Deus mais intimista. Linha de Passe, de Walter Salles e Daniela Thomas, tem estréia prevista para o fim deste mês. Nos créditos, um dos mais bem-sucedidos diretores do país com Central do Brasil (1999), ganhou o Urso de Ouro no festival de Berlim, o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, e foi indicado ao Oscar na mesma categoria. Linha de Passe estréia com uma belíssima credencial: o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes, dado à paulistana Sandra Corveloni. Última Parada, 174, de Bruno Barreto, é a transposição para o cinema ficcional do documentário Ônibus 174, de José Padilha o mesmo diretor de Tropa de Elite. Barreto é o campeão de audiência do cinema brasileiro. É responsável pela maior bilheteria de um filme nacional em todos os tempos, Dona Flor e Seus Dois Maridos, que levou 12 milhões de espectadores aos cinemas no fim dos anos 70. Também contabiliza uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro por O Que É Isso, Companheiro?, em 1998.
Dados o histórico e o estilo dos diretores dos três títulos, é legítimo esperar por filmes bastante diferentes. Uma coisa, no entanto, eles têm em comum: o parentesco com o documentário. Em entrevistas sobre Linha de Passe, Walter Salles disse que se baseou em dois filmes do gênero dirigidos por seu irmão, João Moreira Salles: Futebol (1998), em parceria com Arthur Fontes, e Santa CruzEra uma Vez... em estúdio, para mostrar a realidade da favela carioca do morro do Cantagalo, em Ipanema, onde se passa a trama. Disse também que durante as filmagens se baseou, em larga medida, nos ensinamentos de um de seus mestres, o documentarista Eduardo Coutinho, com quem trabalhou (como câmera) em Santa Marta Duas Semanas no Morro, filme de 1987. Bruno Barreto criou o roteiro de seu Última Parada, 174 a partir do documentário brasileiro mais laureado em todos os tempos, Ônibus 174, de José Padilha que arrebatou nada menos do que 23 prêmios, entre eles um Emmy, o Oscar da televisão americana. "O documentário do Padilha me instigou a fazer o filme. Ele me deixou curiosíssimo", diz Bruno Barreto. (2000), em parceria com Marcos Sá Corrêa. "Esses dois documentários enraizaram o filme. Eles nos permitiram entender o quanto os mundos do futebol e da religião são complexos no Brasil", disse Walter, no mês passado, no Rio de Janeiro, Breno Silveira contou como ignorou a sugestão para filmar. A imbricação do atual cinema brasileiro de ficção com o documentário é tão profunda que se pode falar em tendência, da qual os três filmes que estréiam neste meio de ano são apenas a manifestação mais recente. "Há várias coisas do cinema de ficção brasileiro atual que remetem ao documentário", diz o cineasta João Moreira Salles. "A utilização da paisagem real, a recusa do estúdio, a aceitação da luz brasileira. E também o trabalho de cineastas com atores não profissionais, muitas vezes pertencentes às regiões retratadas nos filmes." Esse fenômeno observado por João pode ser rastreado nas duas produções mais bem-sucedidas do cinema brasileiro recente. Cidade de Deus (1998), de Fernando Meirelles, tira sua força justamente do trabalho com atores iniciantes, que viviam em comunidades parecidas com a retratada no filme e levaram, assim, suas experiências de vida para a tela. Tropa de Elite (2007) tem como protagonista o Capitão Nascimento, personagem de ficção claramente decalcado no Capitão Pimentel, que aparece no documentário Notícias de uma Guerra Particular (2000), de João Moreira Salles e Katia Lund. "Alguns dos nossos cineastas de ficção decidiram retratar a realidade em seus filmes por causa dos documentários. Foram, de certa maneira, pautados por eles", diz José Padilha, diretor de Tropa de Elite. Ele tem razão. Mas a união entre ficção e documentário vai muito além da utilização dos mesmos temas. A influência também se dá na maneira de filmar, na linguagem cinematográfica e no modo de tratar os temas.

Fonte: Revista Bravo!

‘Eu esperava, mas não acreditava’, diz Heitor Dhalia sobre Festival de Cannes

Cena do filme ''À deriva'', de Heitor Dhalia, selecionado para o Festival de Cannes

Filme 'À deriva' será representante brasileiro no evento.Lista com os selecionados foi divulgada nesta quinta-feira (23).


Heitor Dhalia sofreu com a expectativa de ter seu novo filme, “À deriva”, selecionado para o Festival de Cannes. “Eu esperava, mas não acreditava. Comecei a me preparar para o filme não entrar na seleção oficial. Foi um dia cheio de boatos, até que finalmente recebi a notícia, na tarde de ontem”, contou o cineasta (de "Nina" e "O cheiro do ralo").

O longa será o representante brasileiro no festival, um dos mais importantes e tradicionais do universo do cinema. “Fiquei especialmente feliz, pois a seleção deste ano reúne grandes cineastas”, comemorou.

“À deriva” conta a história de Filipa (Laura Neiva), uma adolescente de 14 anos em férias de verão com a família em uma praia, que faz o rito de passagem para a vida adulta em meio às descobertas do amor e à separação iminente dos pais, o escritor Mathias (interpretado pelo astro francês Vincent Cassel) e a professora Clarice (Debora Bloch). Fazem parte do elenco também Cauã Reymond e a atriz americana Camilla Belle (de “10.000 AC”), que é filha de mãe brasileira.

Para o cineasta, a presença de Cassel pode ajudar na repercussão do longa em Cannes. “Ele foi a primeira pessoa a me ligar, gosta muito do filme e está empolgado para mostrá-lo.” Sobre a apresentação, Dhalia prevê muitas lágrimas. “Imagino que será uma grande exibição, que seguirá o mesmo caminho das menores que já fizemos aqui no Brasil: todo mundo vai sair chorando. Acho que vai ser bem emocionante.”

No total, o Festival de Cannes trará 53 filmes de 23 países, sendo que 20 concorrem pelo prêmio principal, que é a Palma de Ouro. “À deriva” está fora de competição, como parte da mostra "Un certain regard". A 62ª edição do evento será aberta em 13 de maio, com a animação "Up", da Disney, e terminará no dia 24 do mesmo mês, com "Coco Chanel & Igor Stravinsky", de Jan Kounen.

A previsão é que “À deriva” chegue aos cinemas brasileiros em junho.

Débora Miranda Do G1, em São Paulo

Filme de Heitor Dhalia é selecionado para Festival de Cannes

Organização do festival divulgou a lista nesta quinta-feira (23).Evento terá também Almodóvar, Tarantino e inédito de Heath Ledger.

O filme "À deriva", novo longa-metragem do cineasta brasileiro Heitor Dhalia (de "Nina" e "O cheiro do ralo"), foi selecionado na sessão "Un certain regard" (Um certo olhar, na tradução livre), que faz parte da seleção oficial do Festival de Cannes. "À deriva" é protagonizado pelo ator francês Vincent Cassel e conta ainda com Deborah Bloch e a atriz Camille Belle no elenco.
No total, 53 filmes de 23 países estão na seleção, 20 deles em competição pela Palma de Ouro, outros 20 na seção "Un certain regard" e os demais fora de competição. O novo trabalho do veterano cineasta francês Alain Resnais, de 86 anos, "Les Herbes folles" foi indicado para a Palma de Ouro de Melhor Filme no Festival de Cannes, na França, e concorre com obras de Ang Lee, Isabel Coixet, Lars von Trier, Pedro Almodóvar e Quentin Tarantino.

Dois diretores espanhóis concorrem na categoria p
rincipal: o consagrado Almodóvar, por "Los abrazos rotos", e a menos conhecida Isabel Coixet, por "Map of the sounds of Tokyo". Os Estados Unidos vêm representados por "Inglorious basterds", de Tarantino.

Já Ang Lee apresentará "Taking Woodstock", uma comédia sobre o famoso festival de música que completa quatro décadas neste ano. E a lista tem ainda "Antichrist", do dinamarquês Lars von Trier.

Fora de competição, o festival exibirá também o comentado "The imaginarium of Dr.Parnassus", de Terry Gilliam, último filme com a participação de Heath Ledger, morto em janeiro de 2008. A obra permaneceu inacabada, e o diretor chamou os atores Jude Law, Colin Farrell e Johnny Depp para entrar no projeto.

A 62ª edição do Festival de Cannes será aberta em 13 de maio com a animação "Up" dos estúdios Walt Disney e terminará no dia 24 do mesmo mês com "Coco Chanel & Igor Stravinsky", de Jan Kounen.

Do G1

Chega de Saudade: Prêmios em Creteil e Cartagena

Depois do sucesso no Festival de Cinema de Brasília, “Chega de Saudade”, um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos, brilha em premiações internacionais:
O filme Chega de Saudade, dirigido pela paulistana Laís Bondansky (Bicho de Sete Cabeças), recebeu o prêmio especial do júri oficial no 31º Festival International Films des Femmes, em Creteil, França. Menos de uma semana antes, na Colômbia, foi agraciado com o prêmio de melhor elenco feminino durante o 49º Festival de Cartagena.

Sinopse do filme Chega de Saudade

Um baile acontecerá em um clube de dança em São Paulo. Desde quando o salão abre suas portas, pela manhã, até seu fechamento ao término do baile, pouco após a meia-noite, diversos personagens rodeiam o local.
Elenco

Tônia Carrero (Dona Alice)
Betty Faria (Elza)
Cássia Kiss (Marici)
Stepan Nercessian (Eudes)
Paulo Vilhena (Marquinhos)
Maria Flor (Bel)
Elza Soares (Elza Soares)
Leonardo Villar
- É o 2º filme de ficção dirigido por Laís Bodanzky. O anterior foi Bicho de Sete Cabeças (2001).
- É o 2º filme em que a diretora Laís Bodanzky e a atriz Cássia Kiss trabalham juntas. O anterior foi Bicho de Sete Cabeças (2001).

Garapa”, de José Padilha



Esqueça as favelas do Rio de Janeiro, os tiroteios e as cenas de tortura. O novo filme de José Padilha, o documentário em preto-e-branco Garapa, fala de um outro tipo de violência que o capitão Nascimento não tem como combater - a fome e a miséria.
O diretor vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim seguiu por 30 dias a rotina de três famílias cearenses em situação de “insegurança alimentar grave”, um problema que atinge mais de 10 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).
Padilha quer mostrar como a fome se manifesta do ponto de vista pessoal das famílias, dando vida a números e estatísticas, para aproximar o espectador de cinema da experiência direta do que é conviver com a miséria.
“Quis fazer um filme o mais simples possível, com o mínimo de alegorias e de informações que fossem além da história daquelas famílias”, disse Padilha.

Brasil disputará quatro prêmios no Festival de Cinema de Tribeca

'Garapa', de José Padilha, disputa prêmio de melhor documentário. Dois filmes concorrem também na categoria de curta-metragem.
O Festival de Cinema de Tribeca, cuja oitava edição começa em Nova York no dia 22 de abril e terminará em 3 de maio, vai ter quatro filmes brasileiros em sua programação, e todos concorrerão a prêmios. Duas dessas produções, que serão exibidas nas telas da região conhecida como Lower Manhattan, concorrerão ao prêmio de melhor documentário. São elas: "Garapa", de José Padilha, o mesmo diretor de "Tropa de Elite"; e "Only when I dance", uma coprodução com o Reino Unido, dirigida por Beadie Finzi. Os outros dois filmes nacionais selecionados para o Festival de Tribeca disputarão o prêmio de melhor curta-metragem. "Quase todo dia", escrito e dirigido por Gandja Monteiro, e "Kogi", de Paula Gaitán, estão entre os concorrentes da categoria, que distribuirá US$ 15 mil entre três vencedores.
O Festival de Tribeca nasceu em 2001, após os atentados de 11 de setembro, para reestruturar econômica e culturalmente o sul da cidade. A mostra teve entre seus fundadores o ator Robert De Niro.

Filmes que contam a história do Brasil

Cena de 'O Que é Isso Companheiro?'
Cena de 'Zuzu Angel'

Cena de 'Guerra de Canudos'


Cena de 'Carlota Joaquina, a Princesa do Brasil'


Cena de 'Caramuru - A Invenção do Brasil



História e fases do cinema brasileiro

O grande salto de desenvolvimento do cinema nacional ocorreu somente na década de 1960. Com o conhecido “Cinema Novo”, vários filmes ganharam destaque nos cenários nacional e internacional. Podemos dizer que o marco inicial desta época de prosperidade cinematográfica nacional foi o lançamento do filme “O Pagador de Promessas”, escrito e dirigido por Anselmo Duarte. Foi o primeiro filme nacional a ser premiado com a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes.Com o lema “ uma câmara na mão e uma idéia na cabeça”, outros diretos impulsionam o Cinema Novo. Os filmes deste período começam a retratar a vida real, mostrando a pobreza, a miséria e os problemas sociais, dentro de uma perspectiva crítica, contestadora e cultural. Neste contexto, aparecerem filmes como “ Deus e o diabo na terra do Sol” e “Terra em transe”, ambos do diretor Glauber Rocha. Outro cineasta que também merece destaque neste período é Carlos Diegues, autor de Ganga Zumba.As décadas de 1970 e 1980 representam um período de crise para o cinema nacional. A crítica e os grandes problemas nacionais saem de cena para dar espaço para filmes de consumo fácil, com temáticas simples e de caráter sexual, muitas vezes de mau gosto. É a época da pornochanchada. A qualidade é deixada de lado, e os cineastas, muitos deles sem representatividade no cenário nacional, começam a produzir em larga escala.Mesmo neste período, alguns cineastas resistem a onda e procuram produzir filmes inteligentes e bem elaborados. Podemos destacar os seguintes filmes neste contexto: “Aleluia Gretchen” de Sílvio Back; “Vai trabalhar vagabundo” de Hugo Carvana e “Dona Flor e seus dois maridos” de Bruno Barreto.A década de 1990 é marcada pela diversidade de temas e enfoques. O filme passa ser um produto rentável e a "indústria cinematográfica" ganha impulso em busca de grandes bilheterias e altos lucros. Neste sentido, as produções brasileiras procuram atender públicos diversos. Comédias, dramas, política e filmes de caráter policial são produzidos em território nacional. Com políticas de incentivo e empresas patrocinadoras, o Brasil começa a produzir filmes que mobilizam grande número de espectadores.Curiosidades do cinema brasileiro:
- Em 1973, o Brasil criou o Festival de
Gramado, realizado anualmente na cidade de mesmo nome, na Serra Gaúcha. O troféu, conhecido como “kikito” é uma figura risonha, esculpida em bronze.
- Até 2009, nenhum filme brasileiro havia ganhado o Oscar de melhor filme estrangeiro.
- No dia 05 de novembro comemora-se o Dia do Cinema Brasileiro.História do Cinema Brasileiro, chanchadas, pornochanchadas, Cinema Novo, cineastas de destaque, filmes nacionais, grandes sucessos, gêneros, épocas do cinema nacional, premiações, cultura e arte
Cena do filme "O Pagador de Promessas": prêmio no festival de Cannes
Introdução

Ao contrário do que aconteceu na Europa e nos Estados Unidos, o cinema brasileiro demorou para se desenvolver no século XX. Somente na década de 1930 que surgiram as primeiras empresas cinematográficas, produtoras de filmes do gênero chanchada.
Por Mariana Novaes

Aproveitando

Aproveitano a deixa do filme A festa da menina morta, dirigido por Matheus Nachtergaele, confira o último filme que ele atuou:

Baixio das Bestas

Sinopse:

Auxiliadora (Mariah Teixeira) é uma jovem de 16 anos explorada por seu avô, seu Heitor (Fernando Teixeira). Ele vê falta de autoridade em tudo à sua volta, mas não pensa duas vezes antes de explorar a neta. Cícero (Caio Blat) pertence a uma conhecida família local e está apaixonado por Auxiliadora. Mas para tê-la ele precisará enfrentar o avô dela.
Elenco:

Mariah Teixeira (Auxiliadora)
Fernando Teixeira (Seu Heitor)
Caio Blat (Cícero)
Matheus Nachtergaele (Everardo)
Dira Paes (Bela)
Marcélia Cartaxo (Ceiça)
Hermila Guedes (Dora)
Conceição Camarotti (Dona Margarida)
João Ferreira (Mestre Mário)
Irandhir Santos (Maninho)
China (Cilinho)
Samuel Vieira (Esdras)

A Festa da Menina Morta e seus prêmios




Premiações:

-Ganhou o prêmio de Melhor Filme na categoria Novos Diretores, no Festival de Chicago.

- Ganhou 6 Kikitos de Ouro no Festival de Gramado, nas categorias de Prêmio Especial do Júri, Melhor Ator (Daniel de Oliveira, Melhor Fotografia, Melhor Música, Prêmio da Crítica e Melhor Filme - Júri Popular.

- Ganhou 2 Troféus Redentor no Festival do Rio, nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Ator (Daniel de Oliveira).

- Ganhou o prêmio de Melhor Ator (Daniel de Oliveira), no 12º Festival de Cinema Luso-Brasileiro.

- Ganhou 2 prêmios no Festival de Cinema Brasileiro de Los Angeles, nas categorias de Melhor Fotografia e Melhor Roteiro.

- Melhor filme latino-americano no 27º Festival Internacional de Cinema do Uruguai

Ainda sobre o Filme A Festa da Menina Morta

Durante a premiere do filme em Cannes, alguns espectadores abandonaram a sala, a partir do momento em que se concretiza a primeira cena de incesto, filmada na discrição de uma penumbra. Outros aplaudiram um monólogo do ator Paulo José, que interpreta um padre.

Sinopse do Filme - A festa da Menina Morta

Há 20 anos uma pequena população ribeirinha do alto Amazonas comemora a Festa da Menina Morta. O evento celebra o milagre realizado por Santinho, que após o suicídio da mãe recebeu em suas mãos, da boca de um cachorro, os trapos do vestido de uma menina desaparecida. A menina jamais foi encontrada, mas o tecido rasgado e manchado de sangue passa a ser adorado e considerado sagrado. A festa cresceu indiferente à dor do irmão da menina morta, Tadeu. A cada ano as pessoas visitam o local para rezar, pedir e aguardar as "revelações" da menina, que através de Santinho se manifestam no ápice da cerimônia.
Elenco
Daniel de Oliveira
Juliano Cazarré
Jackson Antunes
Cássia Kiss
Dira Paes
Ficha Técnica
Título Original: A Festa da Menina Morta
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 110 minutos
Ano de Lançamento (Brasil): 2008
Estúdio: Bananeira Filmes
Distribuição: Imovision
Direção: Matheus Nachtergaele
Roteiro: Matheus Nachtergaele e Hilton Lacerda
Produção: Vania Catani
Fotografia: Lula Carvalho
Direção de Arte: Renata Pinheiro

'A festa da menina morta' e 'Tony Manero' ganham prêmios no Uruguai


Filmes venceram o festival de cinema do país.'A festa da menina morta' tem direção de Matheus Nachtergaele.


O filme brasileiro "A festa da menina morta", de Matheus Nachtergaele, ganhou o prêmio de melhor filme latino-americano no 27º Festival Internacional de Cinema do Uruguai, que terminou na noite de sábado (18), informaram os organizadores.
Já "Tony Manero", uma coprodução entre Brasil e Chile, dividiu com o francês "La question humaine" (Nicolas Klotz) a menção do júri entre os melhores longas internacionais, categoria que teve como grande vencedor o franco-belga "As oficinas de Deus".
Outros filmes premiados no festival, organizado pela Cinemateca Uruguaia, foram o documentário "The thirst of a stone sea", do servo Vladimir Perovic, e o curta "El mal de Schneider", do espanhol Daniel Chiado.

DIA DO CINEMA BRASILEIRO

A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em julho de 1896, no Rio de Janeiro, poucos meses após o invento dos Irmãos Lumière. Um ano depois já existia no Rio uma sala fixa de cinema, o "Salão de Novidades Paris", de Paschoal Segreto. Os primeiros filmes brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma "Vista da baia da Guanabara" teria sido filmado pelo cinegrafista italiano Alfonso Segreto em 19 de junho de 1898, ao chegar da Europa a bordo do navio Brasil - mas este filme, se realmente existiu, nunca chegou a ser exibido. Ainda assim, 19 de junho é considerado o Dia do Cinema Brasileiro.
Fala galera, final de semana chegou e com ele deixo uma dica de 10 filmes Brasileiros para assistir.

Vale a pena conferir!

10 – O Xangô de Baker Street – Não sei se fui influenciado pelo livro nesta minha avaliação, mas a verdade é que gostei desse filme.
09 - Trair e Coçar é só Começar
08 – O Homem que Copiava
07 – O Auto da Compadecida
06 – Olga (pela técnica, pois o filme é chato)
05 - Central do Brasil
04 – Estamira (documentário)
03 – Ilha das Flores (curta)
02 – Cidade de Deus
01 – Tropa de Elite

Estômago.


O ganhador do festival Vivo de cinema deste ano,

vale a pena conferir!



Sinopse.

Raimundo Nonato (João Miguel) foi para a cidade grande na esperança de ter uma vida melhor. Contratado como faxineiro em um bar, logo ele descobre que possui um talento nato para a cozinha. Com suas coxinhas Raimundo transforma o bar num sucesso. Giovanni (Carlo Briani), o dono de um conhecido restaurante italiano da região, o contrata como assistente de cozinheiro. A cozinha italiana é uma grande descoberta para Raimundo, que passa também a ter uma casa, roupas melhores, relacionamentos sociais e um amor: a prostituta Iria (Fabiula Nascimento).



Direçao. Marcos Jorge.

Lula, o filho do Brasil (o filme)


Lula, o Filho do Brasil


Direção: Daniel Tendles, Fábio Barreto
Elenco: Glória Pires (Dona Lindu)
Rui Ricardo Dias (Lula)

Sinopse: A vida do presidente Luis Inácio Lula da Silva desde a sua infância, passando pela morte da mãe e pelo período no qual esteve preso por liderar manifestações ilegais em São Paulo.


Esta faltando algum dado neste post? Comente e complete ;)

Estreia dia 17 de março em todo o Brasil 'DIVÃ'

'DIVÃ'
(idem)
Brasil, 2009
Comédia
Diretor: José Alvarenga Jr.
Elenco: Lilia Cabral, José Mayer, Reynaldo Gianecchini, Cauã Reymond.
CRÍTICA: Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher madura. Casada, mãe de dois filhos, dá aulas particulares de matemática, mas sua vocação é mesmo ser pintora - ao menos é o que ela pensa. A vida vai bem, mas sua insistência em fazer análise resulta no longa "Divã", baseado na peça de teatro homônima. Há pouco de cinema na tela. O filme mais parece um episódio alongado de uma sitcom - em que toda cena precisa terminar com uma piadinha, muitas delas sem qualquer graça ou real necessidade. "Divã" parte do princípio que todas as pessoas tem uma vida interior interessante. Assim, por mais comum que Mercedes possa parecer, há algo dentro dela que vale a pena ser compartilhado com o público. Ela é uma daquelas mulheres que sempre se colocou em segundo plano em favor do marido (José Mayer) e dos filhos, e só agora percebe que desperdiçou sua vida.
ALYSSON OLIVEIRA, DO CINEWEB

Ganhador do Dvd clássico na nossa comunidade...

Boa tarde galera... A melhor frase sobre " Cinematurgia brasileira: Emergente sim! De má qualidade não!?" foi escolhida ontem pelo grupo do yes, we have cinema:

Confirma a frase:
Concordo parcialmente..O Brasil já teve seus tempos de glória do cinema, nos anos 60 e 70, encabeçados por Glauber Rocha e outros grandes diretores. Depois disso veio a queda, que durou quase duas décadas, e agora novamente observa-se a ascenção.A qualidade das produções nacionais é inquestionável, o problema é que os filmes que dão mais bilheteria nos cinemas do Brasil são sempre esses filmes meia-boca promovidos pela Rede Globo, e aí os filmes realmente bons ficam em segundo plano e não são exibidos na maioria das salas de cinema, e só ganham o merecido reconhecimento fora do país.

Ganhadora: Núbia...

Agora será aberto novo tópico que valerá um dvd "saindo do forno" para a melhor frase...

Participem!!!
http://www.tekhne.blogspot.com/

Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro;

Olá Cinéfilos,

Postando aqui o link do site da Academia Brasileira de cinema,
com a lista dos vencedores do prêmio Vivo destinado ao cinema Brasileiro.

http://www.academiabrasileiradecinema.com.br/

Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro 2008





Criada em maio de 2002, a Academia Brasileira de Cinema vem nos últimos anos, aos trancos e barrancos, tentando realizar uma cerimônia de premiação da indústria cinematográfica nacional. As primeiras tentativas foram bem sucedidas, mas prejudicadas pela falta de um patrocinador certo e de um palco definitivo. O cinema Odeon BR e o Copacabana Palace foram testados, não produziram o resultado que se esperava. Agora, em 2008, com o apoio da Vivo, a Academia finalmente conseguiu realizar uma cerimônia da proporção que merecem nossos filmes e artistas.Alguns, até por um anti-americanismo raso, criticam classificar o Grande Prêmio como o Oscar brasileiro. Não há demérito algum em ser comparado ao maior prêmio do cinema, que este ano chegou aos seus 80 anos (mais do que Cannes, Berlim e Veneza, vale lembrar). O que não pode acontecer é perder a identidade e apenas tentar copiar o Oscar. Mas isso a nossa Academia não fez, a começar pela duração. Ao invés das quatro horas habituais que tem o Oscar, o Grande Prêmio teve menos de duas horas de duração.Assim com o Oscar, Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro tem tudo para se transformar daqui para frente em um evento certo em nosso calendário, servindo como centro de confraternização de atores, diretores, produtores e todos aqueles demais profissionais da indústria. Pouco antes do início da cerimônia, o ator Wagner Moura comemorava o fato de poder confraternizar com colegas de profissão com os quais não tem a oportunidade de encontrar no dia a dia.O evento tem tudo para crescer ainda mais nas próximas edições, mas já pode comemorar o fato de possuir o tapete vermelho mais badalado do país. Nem a forte chuva que caiu no Rio de Janeiro no dia da premiação (15 de abril) afastou os famosos do tapete vermelho do Vivo Rio, casa de espetáculos que serviu de palco para a cerimônia. Camila Pitanga, Antônio Pitanga, Rocco Pitanga, Fernanda Souza, Maria Padilha, Viviane Pasmanter, Dira Paes, Marieta Severo, Selton Mello, Alinne Moraes, Hugo Carvana, Carla Ribas, Matheus Nachtergaele, Letícia Colin, André Ramiro, Laura Cardoso, Andréa Beltrão, Liliana Castro, Sérgio Marone e muitos outros marcaram presença.Com direção artística de Gustavo Gasparani e roteiro original de Domingos de Oliveira, o Grande Prêmio teve apresentação apenas correta de Drica Moraes e Vladimir Brichta. A edição deste ano marcou ainda pelo surgimento de um novo troféu. Os 23 premiados saíram do Vivo Rio com o Troféu Grande Otelo, criado pelo designer João Uchoa. Em um belo momento da noite, Carvana subiu ao palco para homenagear Grande Otelo, destacando: “relembrar é uma forma de manipular o tempo”.Otelo foi um dos maiores atores que o Brasil já viu, um comediante nato que muitas vezes atuou ao lado de Oscarito. E foi uma coincidência muito feliz que no ano em que optou-se por nomear o troféu como Grande Otelo o homenageado da noite tenha sido um outro comediante que fez história em nosso cinema, Renato Aragão. Após algumas palavras proferidas por Daniel Filho, nosso Didi recebeu a homenagem das mãos da filha Livian Aragão, que atuará com o pai em “Guerreiro Didi e a Ninja Lili”, a ser lançado nos próximos meses. Aplaudido de pé, Renato agradeceu a família e não se esqueceu, é claro, de seus companheiros trapalhões Dedé Santana, Mussum e Zacarias. O ator declarou sua paixão pelo cinema e não esqueceu de lembrar de sua desavença com a crítica: “Já fiz herói, vilão, pirata e quando eu fazia mocinhos, os bandidos me batiam de um lado e a crítica de outro. E quanto mais batiam, mais a bilheteria crescia”.O primeiro troféu da noite foi para “Putz!”, de Everton de Oliveira Lima, considerado o melhor filme para celular. Na seqüência vieram os prêmio destinados aos curtas-metragens, com “Beijo de Sal”, “A Cidade e o Poeta” e “Vida Maria” levando os prêmios de melhor ficção, documentário e animação, respectivamente. Com relação à animação, este foi o primeiro ano em que a Academia implementou a categoria de melhor longa de animação, vencida por “Wood & Stock - Sexo, Orégano e Rock´n´roll”, de Otto Guerra.Ao começar a anunciar os prêmios técnicos e de bastidores, a Academia por um momento deixou parecer que iria realizar uma premiação distributiva, tentando premiar o máximo de filmes possíveis. Nesta leva, “Zuzu Angel” e “Cartola, Música para os Olhos” acabaram premiados. O primeiro levou o Troféu Grande Otelo de melhor figurino, para Kika Lopes, enquanto o segundo levou o prêmio de melhor trilha sonora, para Cartola (!?!). Isso mesmo, o cantor falecido há 27 anos levou o troféu de trilha. É impossível ignorar a importância de Cartola para a música brasileira, mas numa premiação como esta melhor seria premiar um novo talento, incentivando a composição de trilhas no país.A partir daí foi um monopólio só! Com a força toda após conquistar o Urso de Ouro, “Tropa de Elite” arrasou os concorrentes ao levar o Troféu Grande Otelo de efeitos especiais, montagem, som, direção de fotografia, maquiagem, ator coadjuvante (Milhem Cortaz - o famoso 02), ator (Wagner Moura), diretor (José Padilha) e melhor filme pelo voto popular. Padilha, com suspeitas de dengue, não compareceu à cerimônia, sendo representado pelo co-produtor de “Tropa”, Marcos Prado, responsável pelo momento mais político da noite ao abrir no palco uma bandeira do Tibet.Enquanto “Tropa de Elite” conquistava tudo e rumava como favorito para receber o prêmio principal, outros filmes também foram lembrados. “Santiago”, de João Moreira Salles, levou os prêmios de melhor documentário e edição em documentário; “O Céu de Suely” foi lembrado com o troféu de melhor atriz para Hermila Guedes; “O Cheiro do Ralo” comemorou os prêmios de melhor roteiro adaptado e atriz coadjuvante (Silvia Lourenço). Sobrou espaço até para filmes estrangeiros, com “Pequena Miss Sunshine” levando o prêmio de melhor filme estrangeiro pelo júri popular e “A Vida dos Outros” sendo lembrado pelos membros da Academia na mesma categoria.Eis que como diria Drummond, “tinha uma pedra no meio do caminho”. Na hora de anunciar a categoria principal (melhor longa-metragem), “Tropa” aparecia com nove estatuetas, “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” com duas (melhor roteiro original e direção de arte), assim como “O Cheiro do Ralo”. “O Céu de Suely” tinha apenas um prêmio recebido e “Baixio das Bestas” nem isso. Por esse motivo, se tivessem que apostar, imensa maioria dos mais de mil convidados presentes à cerimônia apostaria suas fichas em “Tropa de Elite”. E perderia...“O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” recebeu das mãos de Roberto Farias, presidente da Academia, o Troféu Grande Otelo de melhor filme, deixando até mesmo seu diretor, Cao Hamburger, surpreso.Uma noite extremamente agradável que terminou com uma surpresa (não injustiça) e deixou para a Academia a sensação de dever cumprido, que vem acompanhada da responsabilidade de voltar a realizar um grande evento em 2009. Para aqueles que saíram derrotados valem as sábias palavras de Renato Aragão: "Depois de 40 anos, 47 filmes, eu enfim recebi um troféu".

divulgação

http://www.youtube.com/watch?v=LxrvM3kwj6E

Filme - Redentor

Sinopse:

Existem mais coisas entre o céu e a Terra do que supõe a nossa vã filosofia. E Célio Rocha (Pedro Cardoso) é prova tão viva quanto morta disto: repórter de um jornal carioca, ele, um dia, vê-se obrigado a enfrentar o próprio drama ao ser escalado para cobrir um escândalo imobiliário. Ironia do destino. Ou, quem sabe, do Senhor... O fato é que, para apurar o caso, Célio é obrigado a reencontrar um amigo de infância. Nome: Otávio Sabóia (Miguel Falabella). Profissão: único herdeiro da falência de Dr. Sabóia (José Wilker), famoso empreiteiro que acabara de se suicidar. Mestre em falcatruas, este homem transformou em pesadelo o sonho da casa própria de parte da classe média brasileira. Parte esta que incluía os pais de Célio. Por tudo isso, esta história não começa aqui e, sim, no Rio de Janeiro da década de 70, quando a Barra da Tijuca transformara-se numa espécie de Terra Prometida. Dr. Sabóia, o tal famoso empreiteiro, lançava o Condomínio Paraíso enquanto um pequeno e arrogante Otávio apresentava a maquete do empreendimento a um Célio encantado, boquiaberto e oprimido pelas posses do amiguinho. E foi para satisfazer às ambições do filho que Justo e Isaura Rocha (Fernando Torres e Fernanda Montenegro) decidiram comprar um dos 480 apartamentos do Paraíso. Especificamente, o 808, o qual, apesar de terem pagado todas as prestações durante anos, jamais chegaram a ocupar. É que o pai de Otávio, o tal empreiteiro famoso e suicida, após vender o mesmo apartamento inúmeras vezes, decretou falência, deixando a obra semipronta e todos os proprietários aguardando por uma decisão da Justiça. Justiça esta que nunca foi feita. Quinze anos depois, os moradores da favela vizinha ao condomínio e originada pelos operários que nele trabalharam sem nunca receber um tostão, resolvem fazer justiça pelas próprias mãos e apropriam-se daquilo que julgam pertencer-lhes: os apartamentos. Unidos, eles organizam uma invasão pacífica e entram com pedido de posse. Do 808, inclusive. A partir daí, a Otávio cabe tentar reverter a situação, pondo em prática aquilo que aprendeu: fazer com que homens vendam suas almas ao diabo. Quanto a Célio... Cooptado por Otávio, e agora também obcecado pelo apartamento, aceita se tornar um laranja. Seu preço: US$ 5 milhões. Mas o tiro sai pela culatra. O imponderável se abate sobre todos os pecadores. Culpado e arrependido, Célio enlouquece e parte para o deserto em busca de Deus. Para sua surpresa, acaba por encontrá-lo. A salvação divina virá em troca de uma missão: convencer Otávio a doar toda a sua fortuna aos pobres.

Sinopse do Filme - Meu nome não é Johnny

Ele tinha tudo. Menos limite. João Guilherme Estrella era um típico jovem da classe média, que viveu intensamente sua juventude. Inteligente e simpático, era adorado pelos pais e popular entre os amigos. Com espírito aventureiro e boêmio, mergulhou em todas as loucuras permitidas. E também nas não permitidas. No início dos anos 90, se tornou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro.Investigado pela polícia, foi preso e seu nome chegou às capas dos jornais. Em vez de festas, passou a freqüentar o banco dos réus. Sua história revela sonhos e dramas comuns à toda juventude."Meu nome não é Johnny" é baseado em uma história real.João



João Guilherme Estrella - Selton Mello


Sofia - Cleo Pires


Mãe - Júlia Lemmertz


Juíza - Cássia Kiss


D. Marly - Atriz convidada Eva Todor


Alex - Ator convidado André di Biasi


Julinho - Ângelo Paes Leme


Laura - Rafaela Mandelli


Pai - Giulio Lopes


Advogado - Gillray Coutinho

Filme Bela Noite para Voar

Celso Sabadin


O período JK é um dos mais empolgantes da História do Brasil. “Crescer 50 anos em 5”, como queria o então presidente, levou o país a uma onda de otimismo, inovações técnicas, apogeu artístico... E dívidas, muitas dívidas. Mas o filme Bela Noite para Voar não se propõe a ser uma radiografia do governo Juscelino. Sobre isso, é melhor procurar o ótimo documentário Os Anos JK, de Silvio Tendler. Seguindo por outro rumo, o filme de Zelito Vianna (que já havia anos antes se debruçado sobre outra interessante personalidade de histórica brasileira, Heitor Villa-Lobos) prefere enfocar um período de apenas 24 horas na vida do presidente. Mas 24 horas das mais intensas. Nelas, JK (a sempre forte presença de José de Abreu) cruza os céus do Brasil, tem um encontro secreto com o então governador paulista Jânio Quadros (Cássio Scapin), resolve rapidamente questões de fundamental importância nacional, dorme pouco, fala muito, age rápido e – sem saber – quase morre vítima de um atentado armado pela própria Aeronáutica brasileira. Guardadas as devidas proporções, um Operação Valquíria tupiniquim. A motivação maior do Presidente? Uma bela amante que atende pelo apelido de “Princesa”.O filme tem o ritmo de JK. É ágil e vibrante. Mas se ressente da falta das verbas que seriam necessárias para tocar um projeto deste porte. Opta então por trabalhar por planos fechados que não revelem, por exemplo, a carência de figurantes. Ou as dificuldades inerentes de toda produção que requeira reconstituição de época. Como quase tudo se passa à noite, fica mais fácil. Por vezes, provavelmente para suprir deficiências orçamentárias, torna-se verbal demais naquilo que não consegue mostrar com imagens. E cai no velho erro das minisséries de TV: muitas vezes, explica demais, desnecessariamente, com receio de que o público não compreenda a trama. As cenas com aviões são claramente digitais, mas pode-se atribuir o fato a um “estilo” e não necessariamente a uma falha. De qualquer maneira, é um trabalho que pode atrair um público que se interessa pela história recente do Brasil, mas que no desenrolar da trama se torna refém de suas próprias limitações. Não é brilhante, tampouco desastroso. Mas Juscelino merecia um pouco mais.
Filme estreiou dia 13 de Março de 2009

O cinema por aqui...

Falando em cinema brasileiro... Nada melhor do que mostrar o que acontece aos nosso arredores.
Todos os anos em agosto acontece o Festival Cinema Gramado, que já vai pra sua 37ª edição esse ano. Em 2008, teve como vencendor o longa brasileiro "Nome Próprio", que ainda levou o prêmio de melhor atriz com Leandra Leal. O festival sempre conta com nomes fortes, e na sua 36º edição não poderia ser diferente, Matheus Nachtergaele, Domingos de Oliveira e Murilo Salles foram os favoritos. Além dos longas, o festival apresenta mostras competitivas de curtas nacional e mostra gaúcha, ou seja, tem cinema brasileiro pra "dar e vender" nesse festival, bem do jeitinho que a gente gosta!
E quem disse que cinema é só pra adulto? Do dia 26 de junho a 12 de julho acontece a 8ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis. Evento de especial interesse para o público, educadores e produtores que pensam o cinema como diversão e cultura, a mostra de Florianópolis é um dos mais importantes festivais do segmento no Brasil. Além de exibir filmes atuais e antigos, propõe um debate sobre a produção cinematográfica voltada para o público mais jovem.
Para aqueles que preferem um estilo mais contemporâneo e inovador, em Porto Alegre tem o CineEsquemaNovo, que é reconhecido como uma das primeiras mostras do País a derrubar a distinção formal entre formatos, mídias e gêneros audiovisuais, promovendo a legitimidade e a autonomia destes processos cinematográficos de modo simultâneo. O CEN, como também é conhecido, acontece em outubro e traz à tona a renovação audiovisual proporcionada pelo acesso às novas tecnologias e pela mistura de gêneros que, quase sempre, marca a produção brasileira contemporânea.
E é isso aí, o Brasil tem cinema, SIM!

O cinema Novo

Jovens frustrados com a falência das grandes campanhias cinemagráficas paulistas resolveram lutar por um cinema com mais realidade, mais contéudo e menor custo. Vai nascendo o Cinema Novo, comprometido com a transformação do país. Em 1963, o movimento é deflagrado por 3 filmes: "Os Fuzis", de Ruy Guerra; "Deus e o diabo na terra do sol", de Glauber Rocha; e "Vidas Secass", de Nelson Pereira dos Santos. Em todos eles, é mostrado um Brasil desconhecido, com muitos conflitos políticos e sociais. Uma mistura original de Neo-realismo italiano (por seus temas e forma de produção) com Nouvelle vague francesa (por suas rupturas de linguagem). É Glauber quem define os instrumentos do cinema novo: "uma câmara na mão e uma idéia na cabeça"; e também o seu objetivo: a construção de uma "estética da fome".

Também exibido em Cannes, embora sem ter alguma premiação, o filme de Glauber Rocha foi considerado o auge do Cinema Novo e conseguiu, além de um bom público, vários elogios, inclusive da crítica francesa.

Postado por Leilane Delaze

O atual cinema latino-americano honra a tradição e coloca-se como alternativa à temática e à estética da produção hollywoodiana



Tradição não nos falta. A América Latina - sobretudo, Brasil, México, Argentina e Cuba - é, desde muito cedo, íntima da grande invenção do século 19, creditada aos irmãos Lumière. A aproximação ocorreu quando a linguagem dava os primeiros passos, "um ou dois anos depois da apresentação pública de grandes novidades no Boulevard des Capucines em Paris, em 1895", segundo escreve o cineasta Orlando Senna, atual secretário nacional do Audiovisual, no livro Cinema Latino-Americano - Entrevistas e Filmes, de Maria do Rosário Caetano (Editora Estação Liberdade, 1997). "Nas primeiras décadas do século, até os fins dos anos 30, uma indústria cinematográfica de pequeno porte vicejou no México, Argentina, Brasil e Cuba, países que se manteriam como principais produtores ao longo de todo o século 20", informa Senna, também ex-diretor da Escola Internacional de Cinema e Televisão San Antonio de los Baños, tradicional centro educacional cubano de cinema. O cineasta cita o exemplo da produção mexicana, que durante as décadas de 40 e 50 "assume uma personalidade marcante" e agrega à cinematografia latino-americana obras já com estilo muito próprio no que diz respeito à interpretação e à fotografia. A particularidade desse cinema agradou ao público, a ponto de os dramalhões tipicamente mexicanos - que se fazem conhecer até hoje por meio das telenovelas exportadas para o mundo todo - conquistarem platéias em mercados como o norte-americano e o europeu. Por outro lado, no entanto, esse cinema começou a mostrar uma de suas mais marcantes vocações: expressar os anseios revolucionários de um continente historicamente prejudicado por colonizações truculentas e que ainda seria cenário de ditaduras militares não menos traumáticas. Um dos primeiros trabalhos nessa direção surgiu em 1953. Raices, do mexicano Benito Alazraki. Curiosamente, o título do filme de Alazraki ("raízes", em espanhol) batiza apropriadamente o início de uma produção cheia de pontos em comum. O que permite hoje falar em cinema latino-americano - mesmo tendo em vista a cinematografia de uma região formada por culturas tão diferentes. "Quase no mesmo tempo, e sem ter visto o filme mexicano [Raices], o brasileiro Nelson Pereira dos Santos filma Rio, 40 Graus (1955)", conta Senna no texto Uma Estética do Sonho, parte do catálogo do 1º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo 2006. "Com as mesmas inovadoras características de Raices, com profundidade psicológica e social, com os escassos recursos de produção traduzidos em impulsos poéticos."
Retirado da Revista E; .A unidade de uma incrível diversidade; n° 111